domingo, 11 de setembro de 2011

Transtorno hipocondríaco

O transtorno hipocondriaco, também é conhecida como a neurose de doenças. O que acontece neste transtorno é que a pessoa tem uma sensibilidade corporal exacerbada pelo fato de ser muito centrado em seu próprio corpo. No fundo o hipocondríaco, como em todas os outros transtornos tem uma ansiedade e uma dificuldade muito grande de entrar em contacto com pessoas e situações que ele não se sente controlando e com isto vai cada vez mais centrando a sua atenção e percepção no próprio funcionamento corporal.


Assim qualquer alteração fisiológica (mudança do batimento cardíaco, ruídos do funcionamento digestivo e outros) é rapidamente notada e por ele ser controlador e pessimista, interpreta como risco eminente de algo fora de controle e que pode leva-lo a morte ou conseqüências muito graves e irreversíveis. Dai o fato dele estar tomando medicações o tempo todo, ou pelo menos querendo tomar, pois se acha e se sente doente, apavorado com o risco de ser uma doença grave e querendo fazer tudo para eliminar este sintomA que desencadeia toda esta gama de sentimentos.
A cabeça do hipocondríaco é uma caixa de horrores, ele é capaz de pensar em todas as doenças graves e terminais por que esta sentindo por exemplo, uma dor de cabeça.


Segundo estatísticas e pesquisas feitas pelos maiores hospitais do Brasil, um grande número de pessoas saudáveis, vistos os aspectos clinico e laboratorial, procuram diariamente consultorios médicos, hospitais e pronto-socorros, sempre alegando doenças graves e muitos sintomas. O paciente hipocondriaco difere daquele que sofre da sindrome de Munchausen, pois enquanto este acredita que tem uma doença grave e supervaloriza e procura sintomas de doenças aquele que sofre da sindrome de Munchausen simula premeditadamente os sintomas para parecer doente.


O hipocondríaco normalmente percorre consultórios médicos de todas as especialidades, em busca do médico que vai confirmar o seu próprio diagnósitco. Ele valoriza sobremaneira sintomas que para outra pessoa qualquer passariam desapercebidos. O diagnóstico do transtorno é dado quando esse conjunto de fatores persistir por mais de 6 meses, em que o paciente passa a levar sua vida em função da crença da doença, afetando sua qualidade de vida.


A auto-medicação é um dos maiores riscos a que o hipocrondriaco está sujeito. Com sua atenção centrada no próprio corpo e nas suas possiveis alterações comumente o hipocondriaco conhece a indicação de uma gama variada de remédios, que usa para aliviar seus sintomas, podendo tomar medicamentos o tempo todo para tratar os sintomas e muitas vezes para evitar de sentir os sintomas que acredita que podem surgir.
Além disso o hipocondríaco está sujeito a hipermedicação, a hipermedicação gera diversas consequências fisiológicas ao hipocondríaco, lesionando os principais órgãos que absorvem e eliminam os fármacos do organismo. Tal hipermedicação pode ser ocasionada por diagnósticos apressados ou pelo próprio paciente.


O tratamento desta neurose, tem que ser feito através de psicoterapia profunda, para que a pessoa consiga enxergar sentimentos e conflitos que são os verdadeiros desencadeantes de seus sintomas e cismas. Se o pessimismo for profundo e arraigado o uso de medicações antidepressivas são essenciais para uma rápida melhoria do quadro . O quadro pode acontecer isoladamente ou acompanhando quadros de Depressão (onde chega ocorrer o Delírio hipocondríaco) ou do Transtorno obsessivo compulsivo (é muito comum esta associação.)


Segundo os especialistas a evolução da hipocondria é cronica e muito desgastante, com episódios intercalados de meses ou anos seguidos por períodos de calma. Normalmente os episódios estão relacionados aos fatores de natureza social e emocional que afetam sua vida. O tratamento desse paciente deve iniciar eliminado qualquer possibilidade de existir uma doença real que de sentido aos sintomas, podendo ser tratado com psiquiatras. Também deve ser avaliada a existência de alguma doença de ordem psiquiátrica associada, como alguma doença depressiva ou outra, que deve ser tratada se existir. O tratamento psicológico pode ser em grupo ou individual, e o apoio familiar é muito importante para o reestabelecimento do paciente. A cura acontecerá quando o paciente tiver condições de perceber seus conflitos internos que desencadeiam os sintomas.


A mídia, principalmente a Internet nos dias atuais, leva ao paciente um maior conhecimento sobre as doenças e seus sintomas, o que contribui para que ele somatize ou se sugestione. Atualmente fala-se em hipocondria digital. Segundo um estudo americano, mais de 160 milhões de pessoas utilizam a internet para pesquisar sobre saúde e doenças. Muitas vezes, para um hipocondríaco, as informações disponibilizadas online criam uma suspeita dos sintomas pesquisados, mas inexistentes na realidade.


Não é difícil perceber quando um paciente está com sintomas hipocondríacos, pois a equipe de saúde percebe, através de suas queixas constantes, da análise de sua ficha com a história de seus problemas médicos, nos exames orgânicos e laboratoriais, o que realmente está acontecendo com ele. O hipocondríaco pode sentir um pouco de alívio se tomar um antidepressivo, mas é preciso avaliar se há algum outro distúrbio psíquico envolvido. Outro ponto importante é a relação entre equipe de saúde e paciente, uma vez que a atitude destes profissionais, ouvindo pacientemente as queixas do hipocondríaco, permitindo que ele volte regularmente, reduzem sua ansiedade.


Fontes (adaptadas):  http://www.ansiedade.com.br/Sections/Ansiedade/hipocondria/hipocondria.html
http://community.wegohealth.com/profiles/blogs/hipocondria-saiba-mais-sobre-a
http://noticias.r7.com/videos/saiba-o-que-e-a-hipocondria-digital/idmedia/2aeb211a0b847216a25f6a024eea458e.html 

Postado por: Adrielle Lira .

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